A Agricultura em Portugal

A Agricultura em Portugal

Desde os seus primórdios, para garantir a subsistência alimentar da Humanidade, a agricultura assumiu-se como fulcral para o nosso desenvolvimento e para o sustento animal – aproveitamento de pastagens, sementeira de pastagens e produção de cereais para a formulação de novas rações para a Pecuária.

A agricultura em Portugal guia-se pelas mesmas regras e segue os princípios para garantir a segurança alimentar de humanos e animais por forma a suprir as necessidades e completar os ciclos de crescimento.

Ao longo do tempo, a agricultura tem vindo a adaptar-se às nossas necessidades, tem vindo a fortalecer-se a nível tecnológico e a nível de formação para responder às exigências do mercado e dos consumidores. Se olharmos para o essencial, a agricultura está completamente enraizada na nossa cultura - faz parte dos nossos dias, desperta o interesse e o questionamento de todos, desde miúdos a graúdos, na interpelação do que se faz, quando se faz e como se faz.

Ainda há muito por onde evoluir e transformar, mas, aos poucos, começamos a desconstruir a ideia de que os ovos estão na prateleira dos supermercados sem se saber que na realidade há aviários. A agricultura biológica e sustentável está a receber cada vez mais atenção!

Mas também existem cada vez mais explorações onde as galinhas “dançam” livremente ao sabor do vento, põem os seus ovos em locais abrigados (os esconderijos) para que possamos posteriormente colhê-los, cujo complemento da sua alimentação é de facto a ração mas, na realidade têm ao seu dispor pastagens naturais ou semeadas, onde impera a biodiversidade e, cujas ervas ou espécies botânicas que compõem essa mesma pastagem são cada vez mais melhoradas de forma natural por forma a suprir as necessidades nutritivas destas nossas “amigas”.

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A Produção em Portugal

O Melão, a Meloa e a Melancia

Em termos vegetais tentamos que o consumidor conheça melhor os produtos da época e aos poucos também consiga aprender a respeitar os sinais do tempo no sentido em que, em cada mês ou época do ano, saibam perfeitamente o produto que vão encontrar disponível no mercado.

Por exemplo, nem sempre existem condições meteorológicas naturais favoráveis à produção de courgette, melão, meloa ou melancia e o que podemos encontrar, visto estarmos a competir globalmente, são este tipo de produtos oriundos de outros continentes onde naquele momento, hajam condições de produção destes produtos. No entanto, não é demais referir que o sabor e o aroma são diferentes desses produtos que são produzidos por nós em algumas alturas do ano.

Vamos então esclarecer: o melão, a meloa ou a melancia são plantados no início da Primavera (por volta de Março colocam-se as primeiras plantas) para serem colhidos a partir de Junho, Julho ou Agosto, não surgindo nos mercados ao mesmo tempo. A meloa é a primeira a aparecer seguindo-se o melão e melancia que dependendo da região do País poderão surgir nos mercados até finais de Setembro.

O Morango

Outro exemplo interessante, tem que ver com o morango que hoje em dia se obtém durante praticamente todo o ano, com exceção do meio de Dezembro até ao final de Janeiro. O morango, apesar de ser das culturas mais interessantes de se produzir, tem uns custos de produção elevados e as suas margens de rentabilidade por vezes podem ser reduzidas.

Isto acontece porque é uma cultura que tem muitas necessidades de mão-de-obra, seja no momento da plantação, das mondas e sobretudo na colheita onde, por agora, não existem soluções economicamente viáveis para que a sua apanha seja automática.

Para além disso, é uma planta exigente em horas de sol e de temperatura porque só com temperaturas mais amenas os açúcares se começam a dissolver no fruto dando-lhe o sabor que nós conhecemos sem termos que lhes adicionar açúcar.

O morango é uma planta que na fase inicial do seu ciclo vegetativo tem algumas necessidades de horas de frio (cerca de 300-400 h). Esta necessidade em horas de frio é fundamental para que mais tarde tenhamos uma planta sã, com a robustez necessária para completar o ciclo que começa no desenvolvimento foliar e termina com a produção de estolhos para a multiplicação das plantas e, passando naturalmente pela fase da floração, vingamento e produção de fruto.

As Uvas e o Vinho

Não seria justo da nossa parte falarmos de açúcar e não mencionarmos as uvas, que dão origem ao vinho que tanta cultura e tradição tem em Portugal, tornando-nos produtores de vinhos de qualidade ímpar beneficiando dos “terroirs” diversos disponíveis no nosso País à beira-mar plantado.

Temos investido cada vez mais na qualidade daquilo que produzimos e os resultados estão à vista de todos! Portugal ganha cada vez mais renome no panorama internacional da indústria vitivinícola.

Evoluir a Agricultura em Portugal

Com o investimento na formação, com a aprendizagem com aqueles que detêm a experiência do terreno e com a evolução da tecnologia conseguimos combinar os três fatores que fazem desenvolver uma atividade económica com retornos interessantes.

Uma das chaves para continuar a evoluir a agricultura em Portugal, seja através de profissionais já existentes no ramo da agricultura, ou por parte de quem almeja poder fazer da agricultura o seu ganha pão, é focar e continuar a apostar na formação pessoal e profissional destes actores do meio agrícola.

Enquanto que há uns anos atrás, este era um meio mais fechado, com mais barreiras à entrada de novos profissionais, hoje estamos a presenciar uma maior abertura tanto no acesso à informação como na partilha de conhecimento.

Hoje, quem decide fazer da produção agrícola o seu modo de vida, vive um período de renovação de esperança que nos últimos tempos foi assolada por uma crise que fez disparar os custos de produção em termos de energia, do preço dos adubos, dos produtos fitossanitários, e os custos de funcionamento das unidades de produção e transformação – que por sua vez estão a resultar no aumento do preço final dos produtos para os consumidores.

É nestes momentos que quando estamos em processo de tomada de decisão sobre o que fazemos ou o que podemos vir a fazer precisamos de ser astutos e pragmáticos com o que fazer e como fazer, sendo que para tal deveremos estar muito atentos a todas as movimentações dos mercados.

Uma Agricultura portuguesa mais próxima

Sendo Novembro um mês de renovações em agricultura, a valorização da produção local aparece como uma nova janela de oportunidade para valorizarmos o que é nosso e no mesmo sentido conseguirmos estabelecer pontes de comunicação claras com os nossos potenciais clientes, tentando estreitar as relações com a proximidade do agricultor e das pessoas mostrando o que de bem se faz nesta área.

Os trabalhos da exploração são diários, não têm férias nem folgas pois as plantas ou os animais precisam diariamente de boas doses de atenção. Ao valorizarmos a produção local estamos a incentivar o desenvolvimento de modelos de negócio onde as pessoas se encontram e comunicam com os produtores aumentando os seus índices de confiança no momento da compra e reduzindo a pegada ecológica!

Se atuamos e agimos localmente, minimizamos o impacto que os custos de produção estão a ter no preço da venda final.

Em suma, se a produção do ramo agrícola se unir mais em torno dos pequenos agricultores pois, verdade seja dita, em Portugal a maior parte das empresas que encontramos são micro e pequenas empresas, os preços a que se conseguem escoar os produtos podem melhorar levando a melhores condições financeiras para os agricultores com margens mais confortáveis para investirem em si próprios e nas pessoas com quem colaboram, incentivando também em conjunto com autarquias e outras entidades, a que houvesse uma ação mais local e uma política de abertura maior por parte dos produtores na sua interação com o consumidor.

Formação em Agricultura

A melhor forma de começar uma carreira na área da agricultura é com uma formação especializada!

Na Master D dispomos dos seguintes cursos:

Curso de Agricultura Biológica e Sustentável – O Curso de Agricultura Biológica e Sustentável foi criado a pensar em atuais ou futuros profissionais da área, que procuram adotar as novas tendências da agricultura para fazer vingar produções agrícolas próprias ou de outrem. Prepare-se para desenvolver a sua atividade profissional enquanto: agricultor biológico, responsável de negócio de agricultura biológica, responsável de produção e/ aprovisionamento de uma exploração agrícola, ou enquanto empreendedor na área da agricultura biológica.

Curso de Gestão Agrícola – O Curso de Gestão Agrícola prepara os formandos para analisarem o impacto de condições mesológicas nas produções agrícolas, para elaborar o planeamento anual e orçamentos para diferentes atividades agrícolas, para gerir as atividades de uma empresa agrícola, entre outros. Desenvolva a sua atividade profissional enquanto gestor agrícola, responsável de exploração agrícola, responsável de produção e/ ou aprovisionamento de uma exploração agrícola, ou empreendedor na área agrícola.

 

Portugal sempre se destacou enquanto país de excelência para explorações Agropecuárias!

Não perca a oportunidade de integrar esta área com os cursos Master D.

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e espaços verdes

Artigo escrito por E-Tutor João Barrona