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Vitamina D Outono/Inverno – verdade ou ilusão?

  • A vitamina D, comummente conhecida como vitamina lipossolúvel (solúvel em gordura), distingue-se das restantes vitaminas pela sua capacidade de existir não só como nutriente, mas também como pro-hormona esteroide.
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Verdades e Ilusões da Vitamina D

Decerto já se depararam com stories e publicações, com cenários solarengos, em que o sol bate na face e transmite aquela paz e serenidade que tantos procuram, com a legenda ou descrição “A produzir vitamina D”.

Podem estar a questionar o porquê desta descrição de abertura, a verdade é que o aumento do fácil acesso à informação levou a um aumento da sua disseminação, muita da qual não tem qualquer base de fundamento, culminando no surgimento e cimentação de mitos.

 

A Vitamina D

A vitamina D, comummente conhecida como vitamina lipossolúvel (solúvel em gordura), distingue-se das restantes vitaminas pela sua capacidade de existir não só como nutriente, mas também como pro-hormona esteroide. Simplificando, tanto a obtemos externamente, pela alimentação e suplementação, como a produzimos através das radiações solares ultravioleta B (UVB). Esta vitamina apresenta duas formas principais:

  1. Vitamina D2 (ergocalciferol);
  2. Vitamina D3 (colecalciferol).

A vitamina D2 é produzida pela irradiação UVB do esterol presente nos fungos (ergosterol).

A vitamina D3 é produzida através da exposição da radiação UVB sobre o esterol 7-desidrocolesterol, que está presente na pele dos animais e dos humanos.

 

Saiba Mais

 

Como ter mais Vitamina D?

Assim: 

  • Conseguimos Vitamina D2 pelo consumo de fungos (cogumelos e leveduras);
  • Conseguimos Vitamina D3 pela ingestão de peixes gordos (como salmão, atum, entre outros) e de gema de ovo;
  • Adquirimos ambas formas através da toma de suplementos ou alimentos fortificados.

Endogenamente podemos obter vitamina D3 diretamente, sintetizando-a através da nossa pele que, quando exposta à radiação UVB, atua no 7-desidrocolesterol, dando origem à pro-hormona D3. Independentemente da forma como a obtemos, para que a vitamina D exerça a sua ação no nosso organismo ela tem de ser ativada, através de conversões que ocorrem no fígado e rins – dando origem ao calcitriol (a sua forma ativa).

 

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Impactos da Vitamina D

A vitamina D tem diversos efeitos biológicos, sendo o mais conhecido o seu impacto no sistema ósseo, aumentando a absorção intestinal do cálcio e fósforo, regulando a homeostase destes minerais e promovendo a mineralização dos ossos.

É igualmente descrita a sua possível ação benéfica não só na saúde mental, sistema imunitário, secreção de insulina, redução da inflamação e do risco cardiovascular, como na prevenção de obesidade.

É possível perceber a importância da vitamina D no nosso organismo. Acontece que a percentagem desta substância que obtemos pela alimentação é diminuta – a maior fonte de vitamina D é a que produzimos através da exposição da nossa pele aos raios UVB.

Considerando isto, é normal pensar “Se apanhar sol em qualquer altura vou produzir Vitamina D” – a verdade é que é mais complexo que isso e os dados referentes aos níveis séricos de vitamina D na Europa demonstram carência da mesma numa elevada percentagem da população.

 

Fatores que condicionam a produção de Vitamina D

Há múltiplos fatores que condicionam a nossa produção de vitamina D:

  • O nosso estilo de vida mudou bastante, trocaram-se dias maioritariamente passados na rua, por quatro paredes onde, se tiverem sorte, conseguem ver o sol pelo vidro de janelas (a radiação UVB é absorvida pelo vidro, logo não passa). Quando chega a altura de estarmos ao sol, há sempre o protetor solar para prevenir o cancro de pele, que atua como um “chapéu” que não deixa a radiação chegar para podermos produzir a pro-hormona.
  • Aquele bronze que muitos ambicionam no verão, diretamente proporcional à quantidade de melanina que se tem, não é favorável, pois quanto mais melanina, menor será a produção de vitamina D.
  • O envelhecimento é outro fator contra este processo, sendo a população idosa uma das estruturas etárias com maior risco de défice e há estudos que demonstram uma associação positiva entre a obesidade e o défice de vitamina D, possivelmente por uma maior deposição desta substância no tecido adiposo.

 Poderia referir mais fatores, mas aqueles que importam realmente para esta altura do ano são dois:

  • O frio começa, saindo do roupeiro aquela roupa que nos permite cobrir mais superfície corporal (se a pele está coberta, não há produção de vitamina D).
  • A produção só ocorre quando o grau de incidência dos raios solares na Terra é superior a 45º – coisa que, em Portugal, não acontece entre os meses de outubro a março.

Conseguem então perceber que a produção desta substância é mais complexa do que parece, permitindo responder que, efetivamente, não basta apanhar sol a qualquer altura e em qualquer lugar para que o processo ocorra.

Para concluir, regressamos à descrição de abertura deste artigo, das fotografias em ambiente solarengo com a legenda “A produzir vitamina D” – é bonito? Sem dúvida que sim! É idílico e transmite tranquilidade? Totalmente de acordo! É verdade?! Se chegaram até aqui, decerto saberão responder.

 

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